Carta para minha própria travessia

 


Carta para minha própria travessia


Respiro fundo.

Fecho os olhos.

E ouço.


Eu venho de um tempo em que a luz me tocou por dentro.

Mesmo quando tudo parecia sombra, houve um sol em mim.

Aprendi que a clareza mora na alma e que a cura começa quando escolho enxergar.

Eu já fui farol para mim mesma — e ainda sou.


Hoje, estou diante da minha própria fortaleza.

Lembrando-me das raízes que sustentam minha caminhada.

Carrego em mim a voz dos meus ancestrais, a força do sangue, a memória de quem fui e de quem sou.

Não preciso me encolher para caber em lugar nenhum.

É tempo de honrar minha verdade, com coragem e dignidade.

Sou guerreira, mas também sou abrigo.


E o que vem à frente…

Ah, o que vem carrega perfume de renascimento.

Danço com meus véus de delicadeza e poder.

Florescendo com leveza, curando com gentileza, criando com intuição.


O futuro me pede entrega — ao mistério, à criação, à mulher que eu estou me tornando.

Sou fértil de mim.

Sou minha própria primavera.


Que eu siga.

Com os pés na terra, o peito aberto e a alma banhada de luz.

Porque eu sei:

O caminho é sagrado.

E ele é meu.

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