O que aprendo com os dias nublados



Os dias nublados me pedem calma. Sem o brilho escancarado do sol, sou levada a olhar além, a perceber detalhes que na pressa dos dias claros passariam despercebidos. O desenho das folhas contra o céu, o brilho discreto das poças d’água, o cheiro úmido da terra depois da chuva.


O céu encoberto me ensina que a luz nem sempre vem de fora. Às vezes, preciso acendê-la dentro de mim.


Caminhando sob a neblina, entendo que a vida também tem suas sombras, e que elas não são vazios—são pausas. São momentos de recolhimento, de escuta, de respiro. Um tempo necessário para que, quando o sol voltar, eu esteja pronta para recebê-lo com novos olhos.


E então me dou conta: o sol sempre volta. Mas enquanto ele descansa, há ainda muito para ver, sentir, aprender e ser.



Fev.25

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