quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Marrom: entre raízes e memórias

 



Hoje me vesti de marrom, sem sequer perceber. No aroma do café quente que me despertou, no chão que acolheu os passos da minha caminhada matinal. 


Sinto o marrom nas árvores que se erguem firmes, no toque úmido da terra que se acomoda entre os dedos quando cuido do meu jardim, na profundidade dos meus olhos ao mirar-me no espelho. O marrom tem essa capacidade de ser acolhedor e enigmático, seja na suavidade de um tom dourado que brilha com o sol da manhã, seja na profundidade de um marrom escuro que transmite a força da terra. Ele está em tudo: no silêncio das folhas caídas, no ritmo calmo da natureza…


O marrom, em sua vasta cartela de nuances, se apresenta de mil formas: do caramelo suave ao chocolate profundo, do tom rústico da madeira ao marrom terroso que se mistura com a terra. 

Ele me abraça no bolo de chocolate recém-saído do forno, no cheiro doce que preenche a casa. Aparece nas vitrines das chocolaterias e nas portas de madeira que revelam histórias antigas.


Cor de presença. 

É terra, 

raiz, 

sabor. 


Elceli Bello

Jan.25

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