No silêncio do casarão
o tempo fez morada,
paredes descascadas,
memórias encostadas.
Era aqui que as férias
ganhavam outro tom,
em meio ao pó e ao eco
das risadas que se foram.
Hoje, o velho abrigo
resiste, meio torto,
mas é no seu abraço
que encontro meu porto.
O que antes era vida,
agora é quase ruína,
mas nas frestas das paredes
a infância ainda ensina.
A casa, avô, guarda
teus passos, tua voz,
e mesmo sem as cores,
é aqui que somos nós.
8/8/24
Elceli Bello
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