domingo, 7 de janeiro de 2024

Por medo do escuro


Revoei pensamentos 

Antes já do outro lado do oceano

Antes já amordaçado e finito 


Dilacerei todas as pétalas 

Mesmo ainda não sendo primavera 

Mesmo ainda contendo meu grito


Cravei as unhas na palma da mão 

Unhas não pintadas

Engoli a saliva amarga 

Nem água havia bebido


Tenho medo do escuro

Vem, dá-me a tua mão? 


8/2/23

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