- Mais uma xícara de café, por favor, não posso dormir, o telefone há de tocar
As longas horas diante do tic tac do relógio de parede, arrastaram-se madrugada adentro
Assim como o café coado que deixou uma borra espessa na xícara de porcelana chinesa
Se ela fumasse teria ido 2 maços fácil fácil
Se ela bebesse teria ido litros goela abaixo
Mas a serenidade que reinou naquela noite,
e naquele rosto compassivo, de tez limpa e analítica,
captou a mensagem do silêncio
Não foi necessário uma única palavra
Ou qualquer outro gesto que pudesse por em dúvida o fato em si
Essa foi a última noite em que, de pernas cruzadas sobre o assento do sofá, ela o esperou.
O telefone não tocou
O café esfriou
A noite findou
E o coração congelou
E.B
Dezembros
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