Não ouço mais a tarantela nos “balcones”.
Quase não vejo as pessoas em suas janelas.
Acordo, em pleno centro de Roma, com o canto dos pássaros e o suave movimento do vento.
Acredito que há muito tempo meus vizinhos também não acordavam assim.
É o sol que entra pelas frestas da janela que me diz: Bom dia! ☀️ .
Olho para a rua deserta, um aqui e outro acolá andam pela quadra somente para irem ao mercado ou à farmácia, munidos de uma “autocertificazione”. Um outro ali passeia com seu cão e uma outra aqui vai em direção à lixeira. .
As sirenes das ambulâncias passam vez ou outra alardeando sobre mais uma vítima deste cruel inimigo invisível. Todos estão enlutados.
Fomos pegos de surpresa…
Quando eu saí do Brasil em busca de aventura, não era bem esse tipo de experiência que eu esperava encontrar.
As notícias vieram a galope e tive que tirar forças para não me entregar ao negativismo e ao desespero. Força mesmo, equilíbrio emocional, mental e uma espiritualidade que se fez presente em cada tentativa de desistência. Aliás, desistir não estava nos planos. E apesar das inúmeras adversidades que foram aparecendo, quase que me obrigando a entregar os pontos, fui driblando, cada uma delas, até que elas desistissem de tentar me abater. .
Sei que ainda não acabou. Terei outras batalhas a enfrentar, muitos desafios virão. E eu estarei aqui, com otimismo, com fé, comigo e todo esse amor que paira no ar…
vindo da amizade,
da fraternidade,
da solidariedade e do céu…
tão infinito quanto a fé que o move.
ollǝᙠ𝕰𝖑𝖈𝖊𝖑𝖎
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